Páginas

27.11.07

Espiral lenta

No inicio é fácil. As perspectivas são boas, queres fazer algo que deixe uma marca, algo que te defina neste mundo. Corres, tentas, cais, falas, corres e voltas a tentar. Imaginas um futuro grandioso, ideias loucas e geniais, imaginas que fazes a diferença.
Depois, os dias amanhecem frios. O céu fica mais escuro, o nevoiro instala-se. E tu tentas de novo. Mas as ideias já não brilham.
Quando dás conta, já não és tu que olhas pela janela e imaginas um campo de flores, opções coloridas e aliciantes. É outro que olha. É outra pessa que a abre. É alguem que colhe as flores. Mas não és tu.
Olhas para trás e lamentas. Choras por ti. Choras por quem serias. E mergulhas na escuridão.